domingo, 17 de abril de 2011

Haley Riordan: A Origem de Tudo


Trago para vocês algumas curiosidades sobre o pontapé inicial para essa história que todos amamos: o filho de Rick Riordan.


Tudo começou com uma história “de dormir” contada para Haley – filho mais velho de Rick -, na época com nove anos. Ele tinha acabado de ser diagnosticado com dislexia e transtorno de déficit de atenção/hiperatividade (TDAH). O menino se recusava a ler, e se fosse mandado à escola iria se esconder em baixo da mesa e chorar. Haley, por outro lado, sempre foi fascinado pelos mitos gregos, e Rick contava a ele as histórias. Quando as ideias acabaram, Haley pediu para o pai inventar uma, e foi aí que Percy foi criado. Riordan diz: “Levou cerca de três noites para contar toda a história, e quando estava feito, Haley me disse que eu devia escrevê-lo como um livro.”
No entanto, Percy é um super-herói improvável: ele nunca tirou mais que um C em sua vida e acredita ser um perdedor, até a página 88 do Ladrão de Raios. Percy, que tem hiperatividade e déficit de atenção (TDAH), como Haley – em quem o caráter foi baseado – percebe que isso significa mais do que ver palavras misturadas na página; sua mente reage melhor ao grego clássico e esse déficit é fundamental para sua vida e o manterá vivo no campo de batalha.
“Percy mudou minha vida” diz Haley. “Você lê muitos livros e nenhum deles tem um herói que seja disléxico ou tenha TDHA – eles sempre são perfeitos, em um mundo perfeito, que fazem coisas perfeitas. Percy é, de fato, cheio de falhas e tem que lutar contra isso e ao mesmo tempo lutar com monstros”.
Rick diz que recebeu um número enorme de e-mails e de cartas das famílias que têm crianças que são TDHA ou disléxicas. Um de seus favoritos é de uma garota que escreveu e disse que sempre foi muito humilhada por ter dislexia, mas após ter lido os livros de Percy Jackson ela carrega essa característica como uma grande honra. “Isso significa muito para mim. Há muitas outras crianças pelo mundo que, assim como meu filho, tinham a sensação de achar que tinha algo de errado com elas, e isso é simplesmente uma forma diferente de processar informações.”
Uma das grandes consequências dessa história toda é que Haley está mais confiante e até está escrevendo seus próprios livros – uma conquista que ele avalia como “um momento de apontar na cara” para todos os professores que ignoraram ele. “Basicamente, eu continuo a escrever um pouco errado, mas é o máximo que a dislexia me afeta agora.”
Haley aponta que são livros longos, até mais que os de seu pai. “Assim que ultrapassei ele, eu fiquei surpreso!” Ele já viu isso antes, é claro. “Um herói grego tem que fazer seu pai orgulhoso! E também deve superá-lo”, diz Haley.

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